segunda-feira, 28 de maio de 2012

De "Um Dia de Fúria" para a escatologia

Pois é, acho que nesse processo de criação teremos momentos esotéricos e momentos exotéricos. Então vamos compartilhar coisas que deveriam ficar guardadas a sete chaves.

Resolvi ir atrás e buscar aquele quadrinista que me lembrei enquanto trabalhávamos no música nova (mais sobre isso adiante). Não é o Glauco Mattoso (que na verdade é poeta), mas associei porque ele já ilustrou coisas do Glauco. É o Marcatti. Ele fez a capa de dois álbuns do Ratos de Porão: Brasil e Anarkophobia. Tanto o Marcatti como o Glauco Mattoso tem como tema recorrente a escatologia. Rolava de tudo nos quadrinhos desse maluco, de lambidas em frieiras até beijo grego...



Estamos no cominho inverso agora. A música nova tem o singelo nome de Lick My Ass. Dai dá para imaginar a conexão (seria isso um trocadilho?).

Mas a verdade é que a ideia inicial era de total puteza com tudo. De um foda-se bem grande, no estilo Michael Douglas em "Um Dia de Fúria". No fim das contas não me sai da cabeça o Monty Python.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Pois, então.
Gosto de desafios. Nos propusemos a das uma chance de fazer versão nova para a Baudelaire, uma música cheia de mudanças de compasso, coisas que eu chamo de encaralhamento, quando tento tirar algum som de alguma banda que use tal recurso sórdido. O Depeche faz muito isso. Elton John, nem se fala... só que voltando para esse negócio de versões, gosto muito. Tem músicas que ouço, aleatoriamente, e algumas remixam em tempo real em meu cérebro. A Baudelaire é uma dessas. Gosto do arranjo original, mas acho que dá para fazer outra música tocando a mesma música. Ou algo assim. Acho que estou chegando lá. Como é uma música que há tempos que queria mexer, o processo está bem rápido - já estava escrito em alguma conexão neural. Cheguei a sonhar com a música, e, quando chega neste patamar de envolvimento, a coisa é séria. Não dá pra ficar nesse estado - fico um tanto irrequieto e prolixo quando não ponho para fora certos arranjos/criações musicais. Pode não dar certo, e jogar tudo no lixo no final, mas tem que ser feito. Música é assim - uma doença boa de se ter.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O caos da criação

Acho que entendi o que o Richard quis dizer, mas também acho que podemos sobreviver. Fico só preocupado em como os outros lidam com isso. Já passei por bandas que implodiram na busca pela perfeição. E não sou uma pessoa preocupada com perfeição. Tanto que, a princípio não tinha intenção de retrabalhar o Pandora's Pussy. Na verdade tudo começou com a preparação do material para ser tocado em shows. Só que a gente esquece que as músicas tem vida própria. Foi o que aconteceu com Bright Nights. E para ajudar, rolou uma certa sincronicidade, com várias pessoas perguntando sobre esse trabalho. Mas é importante que saibam que estamos trabalhando também com material novo. Então, tem muita coisa rolando...