segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Pandora's Pussy, ou Pandrora's Cunt, ou The Cunt of Pandora, sei lá, está terminada - ou algo assim. Na dúvida, fiz duas novas versões, e que não tem nada uma com a outra. É interessante como algumas músicas permitem infinitas versões.
A próxima a trabalhar é Where has hope gone - uma música com arranjo de piano clássico e voz de menestrel e Gi Nunes. A repaginação promete permanecer clássica, talvez um pouco mais ousada e com toques de música eletrônica. Talvez seja a que mais tenho ansiedade em refazer, não porque a original não me satisfaça, mas porque tenho um carinho especial por esta. E logo após um pequeno tour pelo Perú  quem sabe trago na bagagem um pouco da energia de Inti.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Na Caixa de Pandora - rebatizada de A Boceta de Pandora - há uma música do mesmo nome e na versão original ficou um "soul" melado metido a sexy.
Dilema.
Como eletronizar um soul? Poderia ficar com cara de Tom Jones remixed piorada.
Comecei pensando em uma releitura punk, mas tava lembrando Josie and The Pussycats. Não dá!
Dei um tempo e voltei a mexer com meus TS10 e JunoD - e recorro ao acaso para me dar uma luz. Mexer com teclados, ao invés de programas de computador tão usados hoje em dia te dá a possibilidade de felizes acasos.
Está no prelo duas versões: uma na linha de um Sigue Sigue Sputnik e outra etérea cheia de experimentalismos.
Mudando de alhos para bugalhos:
Estou louco para ver a versão-cinema de On the Road - é um desses filmes que vou ao cinema preocupado em não me decepcionar.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tempo e espaço

Na hora que as coisas empacam, empacam mesmo. Ideias são muitas, mas o difícil é tirar elas da cabeça. No fim é tudo uma questão de encontrar um espaço para certas frequências. Resolvi deixar a guitarra de lado e tentar alguns baixos. O tempo acaba sendo complicado também. Quer dizer, ter tempo na hora que vem a inspiração é o mais difícil. Assim as coisas vão caminhando devagar. No fim coloquei um baixo em In Memoriam e gostei. Caprice (Beaudelaire) continua um desafio. Bright Nights acho que já está pronta, até tentei um baixo, mas acho que não acrescenta muito. Penso em deixar como está. Amanhã vou tentar mais algumas coisas.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Esta semana está uma correria louca. É uma frase recorrente comigo e com todas pessoas - o tempo voa de tal forma que falar a palavra "agora" é um exercício de ficção.
E no meio disso tudo - trampo, eleições - continuamos com a repaginação de mais uma: Gift.
A princípio achei fácil e sem complicação: não iria mudar muita coisa da versão original - que flerta forte com surf music, byrds, e coisas do gênero.
Mas sabe como é... deu tamanha nhaca de ficar com sentimento de estar fazendo algo sem alma nem paixão - como um trabalho sob encomenda para cumprir dever. Desisti. Vou dar um tempo. Deixa pra lá.
Mas daí deu um estalo, desses que não sei de onde vem, e mudei tudo. Gift. Achar o que queria foi realmente uma benção e um dom - não controlamos os dons - apenas deixamos eles falarem.
A Gift virou uma celebração - quase um culto soul eletrônico.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Pandora's Pussy reune músicas ne várias vertentes. Não que queiramos parecer uma banda de bailes, mas como não estamos presos a um estilo em particular, nos permitimos adequar a música ao que a letra pede.
Cursed Diamond virou um blues na versão original. Quando me defrontei com o desafio de fazer uma releitura eletrônica, fiquei muito confuso.
Tenho opiniões conflitantes com o Blues. Acho que é um estilo muito agradável de se tocar, mas não gost de ouvir por muito tempo. Explicando melhor: acho que já ouvi blues demais e já preencheu a cota de interesse. Mas é uma delícia tocar. Lembro que na adolescência tinha amigos que foram uma preciosa escola. Eric Clapton-Cream, B.B. King, Muddy Waters, Sonny Boy, Bob Dylan (fase folkblues), e tantos outros de uma lista de pelo menos 200 intérpretes foram o contraponto numa idade em que eu estava terminando o Piano Clássico no Conservatório Carlos Gomes, em Santos.
Cursed Diamond continua sendo um blues, homenagendo dois músicos que para mim são uma referência: Jon Lord e John Bonham. O primeiro por me ensinar a entender o teclado como arma de destruição e o segundo por tranformar a linguagem do blues em algo visceral e histéricamnete raivoso.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Os Stones estão fazendo 50 anos de estrada e anunciam mais uma vez i fim de shows, etc.
Não sei se acho isso digno de Guiness Records ou uma cena de extremo deprê.
Minha iniciação musical foi com música clássica e óperas, e conheci o lado pop ouvindo cantores/as Tchecos rodados em compactos de vinil. Na sequencia conheci Elvis, Beatles, CCR, Elton John e Rolling Stones. Essa é minha base musical, além, é claro, de minha estranha apreciação de cantos das baleias.
Acho estranho que bandas como os Stones fiquem se mantendo na base do formol - me causa um certo desconforto, um misto de piedade e idolatria triste. Todos devem saber quando parar, ou talvez redirecionar os dotes artísticos e intelectuais.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dando continuidade ao processo de descontrução e reconstrução das músicas do Pandora's Pussy, defrontei-me com a Anti-Édipo - uma música com letra/poema extremamente catártico. Mais que um ateu herege, é o vômito negro de uma alma eternamente angustiada.
Na versão original há uma liturgia que eu não tinha certeza que gostaria de manter. A princípio, sim. Estava tudo certo.
Mas como sempre digo: músicas têm vida própria.
De repente, surge um paredão de fuzilamento pop até a veia. O fim do mundo virou uma festa rave, afinal de contas, o caos merece ser comemorado loucamente.